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Tag: Combate

Desde 2014 o Hospital Sepaco participa da Campanha Sobrevivendo à Sepse, um esforço mundial que visa reduzir as altas taxas de mortalidade relacionadas a doença. No Brasil, esta campanha é coordenada pelo Instituto Latino Americano da Sepse (ILAS). Além da assessoria e acesso ao software de coleta de dados de indicadores da qualidade do atendimento ao paciente séptico, o ILAS emite trimestralmente análises sobre o desempenho da equipe no combate à doença.
O último relatório do Hospital Sepaco abrangeu os meses de abril a junho deste ano, ou o 11º trimestre de participação do hospital na campanha. Neste período, 89 pacientes apresentaram sepse. Os indicadores da qualidade do atendimento mostram que o diagnóstico da doença vem sendo feito de forma precoce e o tratamento instituído rapidamente, fatores que certamente explicam a baixa mortalidade observada no período: 15 óbitos (16,9%). O resultado foi considerado positivo pelo ILAS, já que o hospital vem mantendo a excelência no atendimento aos pacientes sépticos.
A divulgação do relatório e dos resultados acontece próximo do Dia Mundial da Sepse – 13 de setembro. A data tem o apoio do Hospital Sepaco que, graças às medidas que vem tomando em relação às recomendações do ILAS, vem tornando as intervenções mais efetivas e melhorando seus indicadores, principalmente os de mortalidade.
“Isso passa também pela conscientização dos pacientes e da população em geral e por isso o trabalho de informação realizado no Dia Mundial da Sepse é tão importante”, afirma Dr. Flavio Geraldo Rezende de Freitas, Médico da Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Sepaco. Nos dias que antecedem a data e, principalmente, no dia 13 de setembro, o hospital vai trabalhar com alertas à população sobre os principais sintomas da doença: febre, redução no volume de urina, confusão mental, pressão baixa, entre outros.
A ideia é aumentar a percepção da sepse tanto entre profissionais de saúde como entre o público leigo e, assim, priorizar a doença como uma emergência médica a fim de que todos os pacientes possam receber intervenções básicas, incluindo antibióticos e fluídos intravenosos, dentro da primeira hora.
Infelizmente, o número de casos de sepse no Brasil não é conhecido, mas sabe-se que quase 30% dos leitos das UTIs brasileiras estão ocupados com pacientes em sepse. A doença mata mais do que o câncer ou o infarto agudo do miocárdio. Dados do ILAS mostram que o índice de mortalidade pela doença nas instituições públicas brasileiras é de 51,7%, contra cerca de 30% em países da Europa. “Um dos maiores problemas enfrentados aqui é o desconhecimento, tanto por parte dos pacientes quanto dos profissionais de saúde”, lembra o especialista.
Para mudar este quadro, o Hospital Sepaco, em conjunto com outras entidades, como o ILAS, tem estimulado a difusão do conhecimento sobre a doença na sociedade. Quanto mais o leigo conhecer sobre a doença, mais rápido buscará atendimento e a instituição está preparada para atendê-los com uma estratégia diferenciada.
“Nossos esforços e processos estão focados para aumentar a percepção sobre a sepse e para que nossa instituição efetivamente atue de acordo com os protocolos de tratamento moldados nas melhores evidências, capazes de reduzir a mortalidade dessa síndrome e contribuir para mudar a realidade brasileira”, destaca Dr. Flávio.
O que é a Sepse
Antigamente conhecida como septicemia ou infecção generalizada, a sepse é uma inflamação generalizada do organismo contra uma infecção que pode estar localizada em qualquer órgão. A doença pode levar à paralisação de um ou mais órgãos, ou mesmo à morte, quando não identificada imediatamente. Atualmente, a sepse é a principal causa de mortes nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI), matando mais que o infarto e alguns tipos de câncer.
Embora não existam sintomas específicos, todas as pessoas que estejam passando por uma infecção e apresentam febre, aceleração do coração (taquicardia), respiração mais rápida (taquipneia), fraqueza intensa e pelo menos um dos sinais de alerta (pressão baixa, redução no volume de urina, falta de ar, sonolência e confusão mental), devem procurar imediatamente um serviço de emergências ou o seu médico.

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