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Dr. Google: o risco de consultas por meio da tela do computador

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Procurar por informações na internet sobre o estado de saúde é uma atitude comum no dia a dia de muitas pessoas. A questão é: o quão confiável todas estas informações podem ser? Será que aquele tratamento serve também para todos da mesma forma? Nem tudo o Dr. Google pode ou deve responder e o risco da automedicação pode aumentar os problemas de saúde com esse tipo de ação.
É preciso cuidado com buscas desenfreadas ao navegar na web. “Ao invés de esclarecer o público leigo, alguns vídeos e sites podem colocar em risco a saúde do internauta, com receitas milagrosas ou exercícios perigosos de se praticar“, explica a Dra. Keyla Facchin Guedes, coordenadora do Pronto Atendimento do Hospital Sepaco.
Se a sua cabeça está doendo, você digita “dor de cabeça” no Google e aparecem inúmeras páginas sugerindo que você pode ter de uma simples dor de cabeça a um tumor cerebral. O desespero toma conta e algumas pessoas podem começar, a partir deste momento, a fazer um tratamento em casa, sem quaisquer orientações médicas.
A médica alerta que recorrer ao Dr. Google parece mais fácil, instantâneo e, desta forma, é possível pular toda a espera nas filas, mas os riscos que isso traz são enormes. “O que serve para uma pessoa pode não servir para outra. Isso se as informações estiverem corretas, o que não é o caso na maioria das vezes. O tratamento é individual e a ida ao consultório médico é indispensável”.
Caso a curiosidade esteja grande e a espera para se consultar esteja demorada, a especialista recomenda realizar pesquisas em sites especializados e de conteúdo com credibilidade. “O que o paciente pode fazer é trazer os resultados das pesquisas para discutir durante a consulta. O que não se deve, em hipótese alguma, é realizar a automedicação. Não vale a pena se arriscar desta forma”, destaca.
Para finalizar, Dra. Keyla afirma que somente o médico é responsável por descobrir as enfermidades que atingem determinado paciente e também está capacitado para oferecer suporte e indicações adequadas, a fim de que o problema de saúde seja tratado. “A tecnologia veio para agregar e não substituir o profissional da saúde. Há coisas que não podem ser substituídas com apenas um clique”.