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Setembro Amarelo: mês de prevenção ao suicídio

Desde 2014, a Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP, em parceria com o Conselho Federal de Medicina – CFM, organiza nacionalmente o Setembro Amarelo. O dia 10 deste mês é, oficialmente, o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, mas a campanha acontece durante todo o ano.
No Brasil, 32 pessoas cometem suicídio por dia!!!
O suicídio é uma grande questão de saúde pública em todos os países. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS, 2014), é possível prevenir o suicídio, desde que, entre outras medidas, os profissionais de saúde, de todos os níveis de atenção, estejam aptos a reconhecerem os fatores de risco presentes, a fim de determinarem medidas para reduzir tal risco e evitar o suicídio.
O suicídio pode ser definido como um ato deliberado executado pelo próprio indivíduo, cuja intenção seja a morte, de forma consciente e intencional, mesmo que ambivalente, usando um meio que ele acredita ser letal. Também fazem parte do que habitualmente chamamos de comportamento suicida: os pensamentos, os planos e a tentativa de suicídio. Uma pequena proporção do comportamento suicida chega ao nosso conhecimento. A figura 1 ilustra a prevalência de comportamento suicida na população brasileira ao longo da vida mostrando, por exemplo, que 17% das pessoas no Brasil pensaram, em algum momento, em tirar a própria vida
 
Quais as barreiras à detecção e à prevenção do suicídio?
Diversos fatores podem impedir a detecção precoce e, consequentemente, a prevenção do suicídio. O estigma e o tabu relacionados ao assunto são aspectos importantes. Durante séculos de nossa história, por razões religiosas, morais e culturais o suicídio foi considerado um grande “pecado”, talvez o pior deles. Por esta razão, ainda temos medo e vergonha de falar abertamente sobre esse importante problema de saúde pública.
O impacto do suicídio: por que prevenir?
Em 2012, cerca de 804 mil pessoas morreram por suicídio em todo o mundo, o que corresponde a taxas ajustadas para idade de 11,4 por 100 mil habitantes por ano – 15,0 para homens e 8,0 para mulheres (OMS, 2014). 15 A cada 40 segundos uma pessoa comete suicídio, e a cada três segundos uma pessoa atenta contra a própria vida. As taxas de suicídio vêm aumentando globalmente. Estima-se que até 2020 poderá ocorrer um incremento de 50% na incidência anual de mortes por suicídio em todo o mundo, sendo que o número de vidas perdidas desta forma, a cada ano, ultrapassa o número de mortes decorrentes de homicídio e guerra combinados. Além disso, cada suicídio tem um sério impacto na vida de pelo menos outras seis pessoas.
Fatores de risco para o suicídio:


Mitos sobre o comportamento suicida:


Reconhecer, prevenir e tratar
Suicídio é um assunto sério: mais que um problema de saúde, configura-se como um dos vários sinais de quadros clínicos mais complexos. Portanto, o reconhecimento e planejamento terapêutico deve ser obrigatoriamente realizado por um médico especialista, o Psiquiatra.
Como dito anteriormente, sempre vale a pena encaminhar um indivíduo para avaliação médica especializada aos mínimos sinais de que algo não vai bem.
No Sepaco contamos com o Serviço de Risco e Retaguarda Psiquiátrica que avalia em interconsulta alguns pacientes que se encontram internados por outros motivos (por exemplo cirurgias, eventos clínicos diversos) e que necessitam de apoio quando há suspeita de doença mental subjacente.
A equipe é coordenada pelo Dr. Luis Felipe de Oliveira Costa e conta com mais quatro psiquiatras, todos altamente qualificados.
 
Fonte: Coordenador de Psiquiatria
Luis Felipe de Oliveira Costa
CRM: 112.977
Bibliografia:
Suicídio: informando para prevenir. Copyright © 2014 – Associação Brasileira de Psiquiatria

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