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Quais os perigos de consultar o “Dr. Google”

Vem crescendo a cada dia o número de pessoas que buscam informações sobre doenças e indicação de remédios na tela do computador. Mas o que deve ser questionado é: o quão confiável todas estas informações podem ser e se um determinado tratamento serve para todos da mesma forma?
Um recente levantamento realizado pelo Google com o objetivo de saber como os brasileiros pesquisam e consomem conteúdo de saúde na plataforma de busca e no YouTube mostrou que o índice de brasileiros que buscam o Google como primeira fonte de informação em casos de problemas de saúde já chega a 26%, próximo aos que buscam imediatamente um médico, com 35%.
A Dra. Keyla Facchin Guedes, coordenadora do Pronto Atendimento do Hospital Sepaco, destaca que nem tudo aquilo que é apresentado pelo Dr. Google como resposta é indicado para todas as pessoas e o risco da automedicação pode aumentar os problemas de saúde com esse tipo de ação.
É preciso cuidado com buscas desenfreadas ao navegar na web. “Ao invés de esclarecer o público leigo, alguns vídeos e sites podem colocar em risco a saúde do internauta, com receitas milagrosas ou exercícios perigosos de se praticar”. Se a sua cabeça está doendo, você digita “dor de cabeça” no Google e aparecem inúmeras páginas sugerindo que você pode ter de uma simples dor de cabeça a um tumor cerebral. O desespero toma conta e algumas pessoas podem começar, a partir deste momento, a fazer um tratamento em casa, sem quaisquer orientações médicas.
A médica alerta que recorrer ao Dr. Google parece mais fácil, instantâneo e, desta forma, é possível pular toda a espera nas filas, mas os riscos que isso traz são enormes. “O que serve para uma pessoa pode não servir para outra. Isso se as informações estiverem corretas, o que não é o caso na maioria das vezes. O tratamento é individual e a ida ao consultório médico é indispensável”.
Caso a curiosidade esteja grande e a espera para se consultar esteja demorada, a médica recomenda que as pesquisas sejam discutidas com um especialista. “O paciente pode falar sobre os resultados das pesquisas durante a consulta. O que não se deve, em hipótese alguma, é realizar a automedicação. Não vale a pena se arriscar desta forma”, destaca.
Para finalizar, Dra. Keyla afirma que somente o médico é responsável por descobrir as enfermidades que atingem determinado paciente e também está capacitado para oferecer suporte e indicações adequadas, a fim de que o problema de saúde seja tratado. “A tecnologia veio para agregar e não substituir o profissional da saúde. Há coisas que não podem ser substituídas com apenas um clique”.

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