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Sarampo ainda preocupa por ser altamente contagioso


A ocorrência de três casos suspeitos de sarampo em 2014, na cidade São Paulo, reforça a necessidade de ficarmos alertas à ocorrência de casos suspeitos no município, onde é grande a circulação de pessoas provenientes de várias regiões do mundo. Além disso, atualmente há confirmações da doença na região Nordeste do Brasil.
A circulação endêmica do vírus do sarampo se mantém em diversos locais do planeta, com maior incidência nos países da África e da Ásia. No ano passado, o Brasil registrou 172 casos, número maior que o notificado no último surto em território nacional no ano de 2011, quando 42 casos foram admitidos.
O sarampo é uma doença viral aguda, altamente contagiosa, de distribuição universal. Pode ocorrer em todas as faixas etárias, com maior gravidade nas populações de baixo nível socio-econômico, principalmente os menores de um ano e desnutridos.
Para Daniza R. Gonzalez, enfermeira do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) do Sepaco, este ano a atenção deve ser redobrada, já que o país terá um grande e intenso trânsito internacional, interestadual e intraestadual por sediar a Copa 2014. Além dos inúmeros turistas, 15 seleções de dife-rentes países chegarão para o Mundial de Futebol.
Altamente transmissível, o sarampo pode desencadear complicações sérias, tais como pneumonia, encefalite e, em casos mais graves, evoluir de forma fatal. “O vírus pode ser transmitido 5 dias antes e até 5 dias após a erupção cutânea e, quando há exposição a um caso de sarampo, praticamente todos os indivíduos estão suscetíveis a adquirirem a doença”.
A enfermeira alerta ainda que é importante manter todas as vacinas em dia, de acordo com o calendário estadual de vacinação, incluindo os profissionais da saúde, da educação e do turismo. “A vacina tríplice viral é a medida de prevenção mais segura e eficaz contra o sarampo, protegendo inclusive contra a rubéola e a caxumba”, destaca.
Qualquer indivíduo que, independente de idade e situação vacinal, apresentar febre e erupção cutânea provocada pelo vírus, acompanhados de sintomas como tosse, coriza, conjuntivite. Pessoas que tenham viajado ao exterior nos últimos 30 dias ou tiveram contato com alguém que viajou, devem procurar imediatamente um médico para avaliação. Esta doença, se não identificada a tempo e tratada adequadamente pode causar a morte.
Daniza comenta que existem medidas simples que auxiliam na prevenção de doenças transmitidas pelas vias respiratórias e cita algumas: cobrir o nariz e a boca ao espirrar ou tossir; lavar as mãos frequentemente com água e sabão ou usar álcool em gel; não compartilhar copos, talheres e alimentos; não levar as mãos à boca ou aos olhos; evitar ambientes pouco arejados e com muita aglomeração e evitar o contato próximo com pessoas doentes.
Daniza ressalta ainda a necessidade de evitar o contato com outras pessoas caso apresente algum dos sintomas além de buscar ajuda médica imediatamente para assegurar a interrupção da circulação do vírus.