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Endometriose – tudo que você precisa saber!

A endometriose é uma doença crônica recorrente que já afeta cerca de seis milhões de brasileiras em idade reprodutiva. A doença é caracterizada pela presença do endométrio, o tecido que reveste o interior do útero, fora da cavidade uterina, causando sintomas como cólica menstrual forte e incapacitante, sangramento menstrual intenso, relações sexuais dolorosas e infertilidade.
Neste artigo, vamos compreender melhor alguns aspectos da doença que devem ser levados em conta para um diagnóstico adequado, assim como a melhor abordagem terapêutica.
Como ocorre a Endometriose
O endométrio é a camada interior do útero, que fica mais espessa todos os meses, para que um óvulo fecundado possa se desenvolver adequadamente. Quando a gravidez não ocorre, esse tecido descama e é expelido na menstruação.
Na mulher com endometriose, um pouco desse sangue migra no sentido oposto, atingindo os ovários ou a cavidade abdominal, causando o que chamamos de lesão endometriótica.
Estas células endometriais podem atingir diversos órgãos da pelve, como: trompas, ovários, intestinos e bexiga. A condição é problemática, pois estas partículas não são liberadas durante a menstruação, permanecendo e crescendo neste lugar. Além disso, mesmo fora do útero, elas acompanham o ciclo menstrual, causando dores intensas.
Causas da Endometriose
As causas para este comportamento das células endometriais ainda são desconhecidas, mas já temos alguns estudos que apontam possíveis origens para o problema.
Acredita-se que deficiências no sistema imunológico podem facilitar o surgimento da doença, tornando o corpo incapaz de reconhecer e destruir as células endometriais que crescem no lugar errado.
Há também a hipótese de que algumas células que revestem o abdômen e as cavidades pélvicas podem se converter em tecido endometrial, já que ambos os tipos de células são originários de células embrionárias comuns.
Outras causas podem incluir a ligação das células endometriais às incisões cirúrgicas de histerectomia ou cesariana ou o transporte destas células, pelo sistema linfático para outras partes do corpo.
Entre os fatores de risco para o problema estão familiares próximas com a doença, começar a menstruar muito cedo, nunca ter tido filhos, ciclos menstruais frequentes e menstruações que duram mais de sete dias.
Sintomas da Endometriose
O principal sintoma da endometriose é a dor pélvica cíclica, de acordo ao ciclo menstrual. Ou seja, a dor pélvica vai aumentando conforme o tempo, sendo pior durante o período de menstruação do que o normal. Outros sintomas frequentes são:
Dores nas relações sexuais com penetração;
Dores ao urinar e evacuar, especialmente no período menstrual;
Infertilidade;
Fadiga;
Diarreia.
Geralmente, a intensidade da dor não está relacionada à extensão do problema. Algumas mulheres com estágio grave da doença não sentem dor, enquanto outras com pequenos focos apresentam dores intensas, a ponto de necessitarem de atendimento médico em emergência.
Muitas vezes, os sintomas da endometriose podem ser confundidos com os de outras doenças. Algumas mulheres também demoram a procurar o médico porque julgam que seus sintomas “são normais” da menstruação, como algo que todas as mulheres devem suportar.
Contudo, é muito importante consultar um médico já ao início dos primeiros sinais pois, além de ser totalmente tratável, esta é uma doença progressiva. Se não for identificada e tratada corretamente, a cólica incapacitante pode agravar, tornando-se uma síndrome de dor crônica, com sérias complicações, como a infertilidade.
Como é o Tratamento da Endometriose
Por ser uma doença crônica, o acompanhamento médico contínuo da endometriose é de extrema importância. O objetivo do tratamento é aliviar a dor e amenizar os outros sintomas, além de diminuir as lesões endometrióticas e minimizar o risco de infertilidade.
Isto pode ser feito com medicamentos ou cirurgia. Cada uma destas abordagens tem suas especificidades, e cabe ao ginecologista avaliar a gravidade da doença para recomendar o melhor tratamento. Dependendo da situação, ambos os procedimentos são realizados em conjunto.
A endometriose pode ser tratada cirurgicamente por meio do método pouco invasivo, um procedimento com mínimas incisões. A técnica dá acesso a várias áreas da pelve, onde possam ter os focos de doença e permite retirar o tecido doente com grande precisão cirúrgica e conforto para as pacientes, durante e no pós-operatório.
A Importância do Tratamento Adequado
Uma das mensagens que tentamos passar às pacientes é que as cólicas dolorosas durante a menstruação, que incapacitam adolescentes e mulheres de participar de suas atividades diárias, não são normais.
Cólicas e desconforto durante a menstruação podem ocorrer, mas se interferem nas atividades normais, a mulher precisa ser avaliada por um ginecologista.
Não permita a ninguém minimizar a sua dor. Se você vem experimentando sintomas incapacitantes, agende uma consulta e deixe-nos ajudar no tratamento do seu problema.
O Hospital Sepaco dispõe de equipe com grande expertise na área de ginecologia, cirurgia vídeo assistida, mastologia, especialistas em endometriose e estão em constante aperfeiçoamento, para promover a saúde feminina com as abordagens mais modernas.  Ainda com diagnóstico de alta resolução como ultrassonografia e ressonância magnética.
 
Fonte: Coordenação Ginecologia e Obstetrícia
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